O terceiro dia
Não há nada de especial com ele. Você já fez tudo pela primeira vez. Já foi trabalhar pela primeira vez, que o feriado "da paz universal" fez questão de cair de segunda para terça este ano, (paz universal, exceto talvez, Brasil, que a criminalidade está triste), já abasteceu o carro pela primeira vez. Já pagou as primeiras contas do ano. Já passou calor e, em São Paulo, já enfrentou a primeira chuva forte, a primeira enchente e o primeiro frio. Nada tão prático como ter as quatro estações do ano por dia.
E você acorda. É o terceiro dia. Dia de segundas vezes. Ceia de ano novo? Será a segunda ou terceira vez que irá come-la. Mais contas vão chegar, algumas podem ser as primeiras deste ano em sua categoria (água, luz, imposto de renda), mas pagar contas, de forma geral, você já fez. E o que sobra para o terceiro dia?
Não muito, na verdade, de inédito. Até os filmes na TV serão reprises. As produtoras estão descansando também. Mas por outra ótica. Cada dia é um ano novo, e não me refiro ao clima paulistano. Cada amanhecer, por mais do mesmo que pareça, é novo. Como diz Pedro Bial naquela música brega, mas legal, Filtro Solar (e alguém falou antes dele, em inglês), "ao olhar para trás você verá tantas, quantas oportunidades se escancaravam para você, e isso vale para todos os dias do ano. Cada dia, são 24 horas de novas oportunidades. 1440 minutos. 86.400 segundos. 172.800 transições entre dois níveis hiperfinos do atomo de césio 133. Você entendeu.
Se não pensarmos assim, todos os dias parecerão mais da velha rotina. E produzir algo quando se está agindo como um zumbi, só se forem mais zumbis, contagiando a todos com sua apatia estasiante. A cada amanhecer, o sol nasce como se fosse a primeira vez. E se tentássemos ver o mundo por essa ótica? Não vale a pena tentar fazer algo novo hoje? Eu, ao menos esse texto novo, já fiz...
E você acorda. É o terceiro dia. Dia de segundas vezes. Ceia de ano novo? Será a segunda ou terceira vez que irá come-la. Mais contas vão chegar, algumas podem ser as primeiras deste ano em sua categoria (água, luz, imposto de renda), mas pagar contas, de forma geral, você já fez. E o que sobra para o terceiro dia?
Não muito, na verdade, de inédito. Até os filmes na TV serão reprises. As produtoras estão descansando também. Mas por outra ótica. Cada dia é um ano novo, e não me refiro ao clima paulistano. Cada amanhecer, por mais do mesmo que pareça, é novo. Como diz Pedro Bial naquela música brega, mas legal, Filtro Solar (e alguém falou antes dele, em inglês), "ao olhar para trás você verá tantas, quantas oportunidades se escancaravam para você, e isso vale para todos os dias do ano. Cada dia, são 24 horas de novas oportunidades. 1440 minutos. 86.400 segundos. 172.800 transições entre dois níveis hiperfinos do atomo de césio 133. Você entendeu.
Se não pensarmos assim, todos os dias parecerão mais da velha rotina. E produzir algo quando se está agindo como um zumbi, só se forem mais zumbis, contagiando a todos com sua apatia estasiante. A cada amanhecer, o sol nasce como se fosse a primeira vez. E se tentássemos ver o mundo por essa ótica? Não vale a pena tentar fazer algo novo hoje? Eu, ao menos esse texto novo, já fiz...
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